terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Baratos da Ribeiro






Você vai se arrepiar no Clube da Leitura desta terça, dia 17 de novembro
por Maurício

NA NOITE ESPECIAL DEDICADA À LITERATURA DE HORROR
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Humberto Moura Neto e Martha Argel, que organizaram a antologia “O Vampiro antes de Drácula”, reunindo os contos que abriram caminho para Bram Stocker, serão os jurados que ajudarão a eleger os textos mais horripilantes lidos na noite.
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TEREMOS AINDA A PARTICIPAÇÃO ESPECIAL dos autores que colaboraram com o número de estréia da REVISTA LAMA, dedicada à literatura fantástica de modo geral. Gestada num escritório em Curitiba, a revista, que conta com autores de todo o país, acaba se ser lançada em São Paulo e no Rio, num evento que aconteceu sábado último, no Cinematheque. (Leia mais detalhes sobre a publicação adiante.)
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O MOTE DO DESAFIO DESTA RODADA,
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portanto, é a literatura de horror como um todo. A título ilustrativo, publicamos no blog do Clube um texto lido pelo Rafael Pinho na noite de 15 de setembro. Para brincar com o preconceito da galera com relação ao universo dos jogos de RPG (que ajudaram em muito a popular os vampiros nos anos 90), Rafael abriu um livro da série “Vampiro: A Máscara” (hoje em dia conhecida como World Of Darkness) ao acaso e deu sorte. “Abandone todas as esperanças” é tenebroso e divertido conto escrito por Robert Hatch para introduzir o leitor à figura do Nosferatu, o sangue-suga que se esgueira pelos esgotos e tem o aspecto monstruoso explorado pelo filme de F. W. Murnau.
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www.baratosdaribeiro.com.br/clubedaleitura
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DISTRIBUIREMOS MAIS PRÊMIOS do que o usual. Em cada rodada, faremos uma votação popular para eleger 1 dos textos lidos, enquanto o “júri” especializado (que chique, hein?) escolherá um outro.
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Então, esse será (mais ou menos) o cronograma da noite:
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1) leitura de trechos de romances ou contos de terror de autores consagrados - aberto a todos os presentes.
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2) leitura de contos escritos pelos frequentadores do Clube com a temática de terror.
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3) mesa redonda com Martha Argel, Humberto Moura Neto e o pessoal da Revista Lama.
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4) os escritores que integram a mesa redonda lêem um trecho de sua obra.
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5) anúncio dos prêmios para os melhores textos lidos na primeira e na segunda etapa.
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SEBO BARATOS DA RIBEIRO
Rua Barata Ribeiro 354, Copacabana
Tels. (21) 2256 8634 ou 2549 3850
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www.revistalama.com.br
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EDITADA POR FABIANO VIANNA, A REVISTA LAMA
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lança os holofotes sobre a literatura “pulp” brasileira. As pulps, muito populares no início do século XX nos EUA eram um tipo de entretenimento rápido, sem grandes pretensões literárias, mas que faziam a alegria dos fãs do gênero. Os leitores acompanhavam a trama, ansiosos pelos próximos capítulos. Muitos de seus personagens migrariam para as Histórias em Quadrinhos com o tempo. Grandes autores escreveram para pulps no início de suas carreiras, como Raymond Chandler, Ray Bradbury, Edmond Hamilton e Dashiel Hammett. Isaac Asimov fez fama na Astounding Science Fiction. “Noite na Taverna”, de Álvares de Azevedo está em nosso cânone acadêmico e faz a ponte entre o folhetim de aventura do século XIX e essa literatura. Considerado o primeiro romance policial do Brasil, “Mysterio”, foi escrito por intelectuais brasileiros de renome como Viriato Corrêa, Afrânio Peixoto e Coelho Neto. Além de Medeiros e Albuquerque, que publicou o primeiro livro de contos policiais da literatura brasileira, chamado Se eu fosse Sherlock Holmes, em 1922 – ano da Semana de Arte Moderna em São Paulo e da estréia de “Ulisses”, de Joyce. Hoje, o gênero está permutado e misturado na cultura pop em inúmeros sites, filmes, blogs e séries de tv, como Criminal Minds, Dexter, C.S.I., Lost, Sobrenatural, True Blood. O pulp nunca esteve tão presente em nossas vidas.
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Veja no You Tube o “trailler” da revista:
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http://www.youtube.com/watch?v=N8M5N7MqQcA&feature=player_embedded
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A revista Lama pretende instigar a literatura “pulp” brasileira, publicando contos policiais, de ficção científica, de terror ou de realismo fantástico assinados por jovens e talentosos autores:
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Ana Paula Maia, Luiz Felipe Leprevost, Rodriane Dl, Daniel Gonçalves, Giulia Moon, entre outros.
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http://www.crepusculo.com.br/
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É a página que reúne outros trabalhos de Fabiano Vianna. Vale a pena conferir.
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CONVERSADO COM ALGUNS AUTORES DESCOBRI
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que eles consideram o rótulo um pouco reducionista, e preferem a expressão “literatura fantástica”, que de fato corresponde melhor àquilo que caracteriza o trabalho dessa turma: a radicalização do exercício imaginativo, porém a serviço de enredos envolventes. Mas como nesta descrição cabem tanto a ficção científica quanto os épicos ambientados em passados habitados por criaturas folclóricas, muitos adotam o termo “dark fantasy”, para diferenciar a literatura de tons mais sinistros, onde o medo e o suspense dão o tom, onde os monstros são personagens mais interessantes do que os heróis.
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No lugar do terror, os autores consideram o “horror” uma palavra mais poderosa para descrever os lugares por ondem querem nos levar. Que seja. Mais do que os filmes para adolescentes dos anos 80 e produções B a la Roger Corman, a principal referência para esta turma é a literatura vitoriana – ou seja, o movimento simbolista, o fascínio pelos mistérios do oriente e a sensibilidade romântica. Curiosamente, apesar dos avanços tecnológicos que remodelavam o mundo, a literatura da época vislumbrou possibilidades terríveis, conjugando superstições com ciência médica e atualizando criaturas medonhas do folclore para os novos cenários urbanos. Afinal, não deve ser por acaso que o vampiro se transformou em uma figura cada vez mais sedutora à medida que o sexo passou a ser exercitado com mais liberalidade. Em tempos de AIDS, essa figura tão sensual quanto fatal parece vir bem a calhar para escritores interessados no que nos ameaça, nos apavora.
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Neste repeteco, vamos aprimorar a experiência que fizemos em setembro, quando Martha Argel e Giulia Moon estiveram no Sebo Baratos da Ribeiro, lançando seus mais novos romances estrelados por vampiros bem mais mal comportados do que esses do “Crepúsculo” e outros best-sellers mais açucarados que andam arrebatando legiões de adolescentes.
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Não que a literatura vampiresca tupiniquim também não faça sucesso. A literatura de André Vianco, por exemplo, que vendeu nos últimos 8 anos 300 mil exemplares, foi o tema da última Noite do Terror do PlayCenter, dando prova do poder mercadológico deste filão. (Seu primeiro livro foi escrito em 3 meses e sua primeira tiragem foi bancada pelo próprio autor, que torrou nela a indenização que recebera quando perdeu o emprego de atendente de telemarketing!)
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Mais informações sobre o funcionamento do Clube da Leitura aqui:
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http://www.baratosdaribeiro.com.br/clubedaleitura/como-funciona-uma-reuniao-do-clube
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